quinta-feira, 25 de maio de 2017

sobre o livro the leftovers de tom perrotta

"...algumas pessoas demoravam mais do que outras para se dar conta de como precisamos de poucas palavras para existir e quanta coisa na vida é possível negociar em silêncio".
pag. 108 The Leftovers - Tom Perrotta


No meu aniversário ganhei o livro The Leftovers e comecei a ler logo em seguida.

O livro já começa depois do acontecimento (várias pessoas pelo mundo inteiro simplesmente desapareceram). Depois desse episódio, muitas pessoas procuraram explicações sobre o que tinha ocorrido. Algumas pessoas acham que eles foram os escolhidos, e alguns grupos se aproveitaram da situação para criar seitas e comunidades (e com isso ganhar dinheiro e prestígio).

Um dos personagens tinha perdido um filho pequeno e começou a ganhar dinheiro fazendo palestras. Com a ascensão, ele disse ter recebido uma mensagem dizendo que precisava de noivas (meninas novas) e que uma iria ser a escolhida, ou seja, engravidar de um menino que seria o seu filho desaparecido. Resumindo, o cara era um pedófilo.

Há vários núcleos neste livro a partir de alguns personagens, principalmente uma família bem-sucedida que não sofreu nenhuma “perda” mas mesmo assim, o filho e a mãe entraram nesses grupos loucos que surgiram depois da “partida repentina”.

Enfim, algumas pessoas dessa seita são incentivadas a cometerem crimes na promessa de se tornar um “messias” apenas para abalar, “lembrar” às pessoas da região sobre o acontecido. Muito louco não? Obviamente que isso existe na vida real. Muitas pessoas se mataram na virada do milênio achando que o mundo ia acabar. Outras cometeram assassinatos em nome de um louco psicopata. Seitas malucas como a do Templo dos Povos e o doido do Charles Manson

Aconteceram esses assassinatos, mas fora isso, nada mais. O livro termina bruscamente (ao menos na minha opinião), não teve um fechamento claro.

Eu gostei da estrutura de ida e volta pelo passado e presente entre os núcleos da narrativa. Mas, como eu disse, o livro para mim não teve final, um fechamento, uma conclusão.

Depois de ter lido, achei que o livro tinha, na verdade, se baseado na série (por conta desse fim em aberto), mas a verdade é o que o livro veio antes (em 2011).

Ao menos, valeu a experiência. Não daria uma nota baixa, nem uma alta. De zero a dez, talvez cinco.

PS: a edição brasileira está com erros de revisão

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