quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Hamlet - Shakespeare



Shakespeare é sempre incrível.

Quase todo mundo conhece aquela famosa frase "ser ou não ser, eis a questão" mas nem todos conhecem a obra.

Hamlet é o príncipe da Dinamarca que está de luto pela morte do pai, o rei.
A peça começa na esplanada do castelo com oficiais e soldados fazendo a guarda. E eles começam a comentar sobre o fantasma que aparece de vez em quando. Eles percebem que é o fantasma do rei, pai de Hamlet; e chamam Horácio, amigo de Hamlet para ver também a aparição.

Depois que Horácio conta ao seu amigo sobre a aparição do rei, Hamlet vai atrás saber se é mesmo o fantasma do pai ou não.

"Foge de entrar em briga; mas, brigando, acaso, faze o competidor temer-te sempre" 
Polônio

O fantasma revela que sua morte não foi acidente, e sim um assassinato. Seu próprio irmão Cláudio o matou enquanto dormia e casou-se com a rainha para ficar com o trono. Dessa forma, Hamlet tem a ideia de chamar atores para encenar a morte do rei para ver a reação do tio e da mãe (rei e rainha).


É dessa forma que ele descobre a verdade sobre a morte do rei da Dinamarca.

"Para a alma criminosa e feperjura, tudo anuncia alguma desventura. Tanto se agita o crime, em tal
enredo, que a si mesmo se trai, de puro medo"

Hamlet reflete sobre o fardo da vida, a existência e suicídio. É daí que sai a passagem:


Com "ser ou não ser, eis a questão", ele quer dizer "é melhor viver ou morrer?".

O rei e a rainha julgam a loucura de Hamlet e chamam dois amigos dele para levá-lo à França. Dessa forma, Hamlet finge estar louco e consegue armar para os dois amigos e não embarca com eles no navio com destino à França.

Hamlet descobre então a traição do tio e da mãe e também a lealdade do seu amigo Horácio, de ficar sempre ao seu lado.
A reação de Hamlet ao descobrir a traição da rainha é analisada por críticos como mente inconsciente. Hamlet mata sem querer Polônio, pai de Ofélia, achando se tratar de seu tio escondido no guarda-roupa da rainha. Eu achei a reação de Hamlet, perante a morte de Polônio, muito fria, quase como se ele estivesse entorpecido pela situação.

Uma das passagens que eu mais gosto, é o diálogo entre Hamlet e o coveiro. É nesta passagem que ele pega na caveira. A caveira de Yorick, "bobo do rei", de quem Hamlet conheceu em sua infância.

O coveiro, pra mim, é um dos melhores personagens da obra. Hamlet quando vê o coveiro jogar um crânio: "Tempo houve em que aquele crânio teve língua e podia cantar; agora, esse velhaco o atira ao solo, como se se tratasse da mandíbula de Caim, o primeiro homicida"
O coveiro está cavando a tumba de Ofélia, da qual morreu em delírio pela morte do pai Polônio. E Hamlet não sabe ainda da morte de sua amada. E tem o seguinte diálogo com o coveiro:





Após clamar pela vingança de seu pai Polônio, Laertes toma conhecimento por Cláudio, o rei, que Hamlet havia matado o seu pai. E aí o duelo é marcado. Mas o rei e Laertes tramam um "bote" pra matar Hamlet, banhando a faca de veneno. 



Mas, durante a batalha, a rainha bebe a taça que contem o veneno. Laertes fere Hamlet. E durante a luta, trocam-se as armas, e Hamlet acerta Laertes. Sua mãe desmaia e revela que tomou veneno. Enquanto Laertes morre, revela que o rei é o culpado. E dessa forma, Hamlet fere o rei e o obriga a tomar o veneno. O rei morre. Pouco depois Hamlet também jaz morto. 

"conhecermos bem uma pessoa, é conhecermos a nós mesmos"
Hamlet

Ofélia se distrai com sua dor.
Obra: A misteriosa morte de Ofélia (Detalhe de Millais, 1852)
Abre-se um tema religioso quando os coveiros discutem se ela merece enterro cristão por ter se suicidado.

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